Guerra no Oriente Médio domina os debates e a pauta da CREDN. Governo e oposição acabaram fechando um acordo que permitiu a votação de 9 requerimentos versando sobre o tema. Oito foram aprovados e um foi rejeitado.
A Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN) aprovou, nesta quarta-feira, 25, 8 requerimentos de repúdio aos ataques terroristas cometidos pelo Hamas e de solidariedade e pesar com o Estado e o povo de Israel e as vítimas do conflito no Oriente Médio.
Um acordo foi costurado entre governo e oposição e a votação deu-se em bloco. Os deputados Paulo Bilynskyj (PL-SP), Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Claudio Cajado (PP-BA) e Pastor Marco Feliciano (PL-SP) apresentaram requerimentos condenando as ações do grupo terrorista Hamas.
Também foi aprovada Moção de Pesar, do deputado Paulo Bilynskyj, pelas mortes dos brasileiros Ranani Glazer e Bruna Valeanu, assassinados pelo grupo fundamentalista, bem como de Caroline de Toni (PL-SC) e de Marcel van Hattem (NOVO-RS), de solidariedade com o povo de Israel. A CREDN informará a Embaixada de Israel sobre a decisão.
Brasileiros
Durante os debates, também foi discutida a situação do grupo de brasileiros que segue na Faixa de Gaza, na fronteira com o Egito, fechada pelo governo daquele país. Eles aguardam o avanço das negociações diplomáticas para serem repatriados em voo da Força Aérea Brasileira (FAB), que sairá do Cairo.
No pacote dos requerimentos aprovados, constou, ainda, a Moção de Louvor aos brasileiros, voluntários e não-voluntários, judeus e não-judeus, que se colocaram à disposição das Forças de Defesa de Israel (IDF), para lutarem contra o terrorismo. A iniciativa foi do deputado Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL-SP).
Requerimento de autoria da deputada Fernanda Melchionna (PSOL-RS), que pretendia aprovar Moção de Solidariedade “às vítimas do conflito israelense-palestino, pela autodeterminação do povo palestino e em defesa da paz”, foi rejeitado por 14 votos a 8.
Para a rejeição, pesou os termos “extermínio do povo palestino” e “limpeza étnica”, que estariam sendo promovidos pelos Estado de Israel. A opinião geral, na oposição, é de que não se trata de uma guerra de Israel contra os palestinos, mas contra uma organização terrorista, o Hamas, que administra Gaza.